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Concretização do Clímax
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A procura que vem da dúvida vai tomando a sua forma, lentamente.

 

Guiada pelos sentidos carnais que se solucionam no prazer mais inocente, descoberto está que a malícia imposta vem da não compreensão, da restrição pelo medo, do eu com os limites impostos bem rentes à minha cabeça.

 

Sai de uma força física, como a gravidade, a vontade, e com uma brutalidade arrebatadora, empurra o chamado destino para as minhas mãos, como matéria prima. 

 

Começa devagar, explorando, apenas saboreando o frenesim que estala no corpo; eleva-se a cada repetição e intensifica-se com os gatilhos ativados por ordem própria: é a concretização que se procura, que é trabalhada no sentido de ser atingida num estado puro e sublime, que se alastra por cada célula.

 

Como atingir um clímax de prazer carnal, procuro concretizar o abstrato, meu característico, do qual começo a reconhecer uns traços, elevando todos os limites para além da minha fisicalidade, longínquos ainda que bem delineados. Por mim. Só.

 

O clímax do meu ser, que seja um fenómeno.

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